Fui surpreendida com a notícia de que o Governo do Estado diminuiu o valor do Cartão Alimentação de R$ 50,00 para R$ 35,00. Num momento tão difícil para o povo brasileiro e, sobretudo, para o povo paraibano, essa medida se configura como insensível, tendo em vista que mais de um milhão de pessoas foram cortadas do Auxilio Emergencial. As famílias que ganhavam R$ 600,00 passaram a ganhar R$ 300,00, em um contexto onde a inflação alcançou 0,24% em agosto, maior alta desde 2016, disparando o preço do arroz, do botijão de gás e de variados alimentos que se fazem presentes na mesa dos brasileiros e paraibanos.

Faço um apelo, em nome das famílias paraibanas, ao Governo do Estado, para que essa medida seja revista. São mães e pais desempregados, com os olhos marejados, vendo seus alimentos sendo devolvidos às prateleiras, porque não podem mais contar com o valor de R$ 50,00.

Relembro que quando fui secretária do Desenvolvimento Humano do Estado, em 2016, criamos o Cartão Alimentação, que reunia duas políticas públicas de suma importância: Segurança Alimentar e Assistência Social. A ação abrangeu 91 municípios na Paraíba, atendeu 52 mil famílias e foi fundamental para garantir comida na mesa dos paraibanos.

No início da pandemia, enquanto deputada estadual, apresentei ao Governo do Estado um plano de contingência, aumentando o valor do cartão de R$ 35,00 para R$ 50,00, fazendo com que houvesse reais condições de cidadania e dignidade.

Não podemos cortar de quem mais precisa. Precisamos sim, que os mais pobres sejam protegidos!

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